sábado, 16 de maio de 2020

Khiva

Khiva é um ponto de passagem importante na rota da seda. A velha cidadela, centro histórico, depois do abandono do período soviético, está a ser reabilitada e, ao contrário do que acontece em muitos centros históricos, não é apenas um cenário para turista visitar. De facto, as suas construções são habitadas e nas ruas os locais misturam-se com os visitantes: há crianças brincando, grupos de jovens que conversam, roupa estendida  à porta das casas. O adobe eé o material de construção dominante e a sua cor característica domina a paisagem, pintada aqui e ali por algum verde e, claro pelas várias tonalidades de azul da cerâmica que é utilizada como revestimento, característica da arquitectura islâmica. Alguns edifícios são particularmente interessantes, como a Mesquita Juma. Exteriormente nada nos indica da singularidade do espaço interior, suportado por mais de duzentas colunas de madeira em olmo preto, talhadas em épocas distintas. A luz penetra quase só por uma pequena clarabóia e a semi penumbra contribui tanto para a fresquidão, como o recolhimento e a oração.  A fortaleza Kunya-Ark, a Madrassa Mohammed Rakhim Khan e o Palácio Tash Khovli  são também de visita obrigatória. Em todos, o olhar fica deslumbrado com a riqueza decorativa e a diversidade cromática dos azulejos! Só têm comparação com os que tinha admirado no Irão! Magníficos!

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