domingo, 4 de junho de 2017

Viagem ao antigo reino da Pérsia

Acho que foi nos livros de história que primeiro soube da existência do Irão, ou melhor da Pérsia, através dos relatos dos ímpetos guerreiros do grande Alexandre da Macedónia, que à frente dos seus exércitos foi pela Ásia fora e derrotou, em 334 aC, Darios III, o rei dos persas. Recordo também ver na TV as imagens do faustoso casamento de Reza Pahlavi e da coroação da sua terceira mulher, Farah Dibha nos idos dos anos 1960. Mesmo sendo nessa época a televisão a preto e branco, o brilho e a riqueza das jóias eram impressionantes.  Em 1979, o Irão tornou atrair a minha atenção, quando a revolução dos ayatollahs foi notícia amplamente divulgada em todos os jornais. Veio depois o caso dos reféns americanos e mais recentemente a crise do nuclear, a eleição de um senhor que para além de ter um péssimo penteado era também um fundamentalista do pior, mesmo não sendo membro do clero que domina os destinos do país, a revolta dos jovens contra a sua segunda eleição fraudulenta e a repressão que se seguiu. Do Irão vinham bons filmes, como Persópolis onde num registo de cinema de animação era denunciado o lado mais fundamentalista e opressor do regime. Por esse lado ditatorial e também pelos códigos de vestuário impostos às mulheres, que limitam a sua liberdade, o  Irão era um destino que rejeitei por bastante tempo. Mas o tal senhor foi afastado, houve um acordo internacional, o regime deu sinais de suavizar-se e acabou por surgir a oportunidade de realizar uma viagem desejada, mas sempre adiada.

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