domingo, 4 de maio de 2014

uma boa surpresa na despedida

Estas são as últimas imagens de Java : um restaurante pouco usual, o palácio de um sultão local e o anexo onde ele ia a banhos com a sua corte de concubinas. O restaurante ficava num edifício nas traseiras e tinha sido em tempos mais ou menos próximos a habitação de dignatários da corte. Aliás, a família do actual sultão continua a habitar uma parte do palácio. No anexo dos banhos existiam várias piscinas/tanques de vários tamanhos, onde o sultão ia banhar-se com as suas favoritas longe do olhar dos seus súbitos. Abandonado depois de vários anos, acabou por ficar em ruínas. E aqui entra um episódio curioso. À entrada estava um placard onde, em inglês e indonésio, se contava a sua história e os responsáveis pela sua recuperação, que foi lido em diagonal e sem particular atenção. Quando estava na pequena loja de artesanato no final da visita, o rapaz que mostrava os seus trabalhos perguntou de onde vínhamos e ao dizermos Portugal abriu um enorme sorriso e disse que gostava muito dos portugueses porque tinha sido um arquitecto português a restaurar aquele sítio e que tinha sido uma instituição portuguesa a dar o dinheiro. Estaria o rapaz a fazer uma grande confusão? Afinal, a ligação de Portugal por aquelas paragens é mais para as bandas de Timor e era muito pouco provável que o estado português que nem dinheiro tem para cuidar do seu património andasse a custear o restauro do património alheio... À saída confirmou-se que era verdade, tinha sido um arquitecto português e quem tinha dados os fundos necessários tinha sido.... a Fundação Calouste Gulbenkian!

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