quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Firenze



S. MUNSTER [Basle, c. 1550]

Confesso que, apesar de todo o seu património artístico e arquitectónico, Florença não me encanta. Talvez porque quando a visitei pela primeira vez - já lá vão uns anitos, em 1986 - as minhas expectativas sobre a cidade eram demasiado altas. Tinha terminado o curso há pouco e ainda estavam na memória todas as descrições empolgadas que dela tinha feito o professor de história da arte moderna quando estudámos o Renascimento. Lembro-me que quando cheguei à Stazione Centrale e comecei a percorrer a cidade a achei acanhada, suja e - foi em Agosto - com turistas por todo o lado. Das outras vezes que voltei, e agora já noutros meses, essa primeira impressão nunca conseguiu ser alterada. Apesar de todas as obras de arte que pululam em cada esquina. A excepção é o pequeno convento de S. Marcos onde, em cada cela, Fra Angelico pintou para os monges um fresco maravilhoso. É um lugar mágico, que apela ao silêncio e ao recolhimento, e que visito todas as vezes que tenho voltado à cidade.

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