Viajámos de Khiva para Bukhara de comboio, o que foi muito mais interessante do que se a viagem tivesse sido de avião. Durou mais ou menos 2 horas, num comboio com carruagens super confortáveis - muito melhores do que o nosso alfa - com direito a chá. Tudo impecavelmente limpo. Pela janela a paisagem desfilando: povoações com pequenas casas brancas, campos verdes, com hortas e pomares, mas também grandes extensões áridas, quase a lembrar o deserto. Chegados a Bukhara fomos levados para uma parte mais recente da cidade, onde ficava o o hotel, um edifício acabado de construir, quase a estrear que, pelo que percebemos depois, era um investimento familiar, onde os empregados eram os membros da família, sem qualquer experiência no ramo hoteleiro, mas com boa vontade. Três andares sem elevador, o que significou andar a carregar com as malas pelos lances de escadas. Os quartos eram enormes, mas com pormenores de construção que nos causaram muitas gargalhadas. O melhor de Bukhara estava reservado para a visita à parte antiga, património da Unesco. Mesquitas imponentes, com pátios enormes e azulejos maravilhosos, mercados, ruelas tranquilas, e uma praça onde ao final da tarde os habitantes se reuniam em esplanadas, com música ao vivo, dançando, comendo e conversando. Faltou tampo para apreciar tudo com tranquilidade, para explorar cada pátio ou simplesmente para ficar sentado a ver um pouco da vida dos locais.
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