A família Benoliel, em cuja casa ficámos - é hoje a Migrante House - era judaica de origem sefardita, muito possivelmente fugida de Portugal para Marrocos após a instauração da inquisição no século 16. Na década de 1860, a família emigrou de Rabat para a ilha da Boavista e instalou-se na pequena povoação de Sal Rei, que era à época um entreposto de comércio entre a América do Sul e o sul da África. Ao longos dos anos, a família de Abraham e Esther tornou-se proeminente na vida social e económica da ilha. Hoje, ambos repousam com mais alguns membros da família, no pequeno cemitério próximo da igreja de Fátima, que mandaram erigir w que resiste ainda, em ruínas. Em ruína esteve também a sua casa, de desenho colonial, que foi recuperada há alguns anos e que conserva graças ao cuidado dos proprietários actuais, um encanto muito especial.
sábado, 26 de outubro de 2019
A família Benoliel
A família Benoliel, em cuja casa ficámos - é hoje a Migrante House - era judaica de origem sefardita, muito possivelmente fugida de Portugal para Marrocos após a instauração da inquisição no século 16. Na década de 1860, a família emigrou de Rabat para a ilha da Boavista e instalou-se na pequena povoação de Sal Rei, que era à época um entreposto de comércio entre a América do Sul e o sul da África. Ao longos dos anos, a família de Abraham e Esther tornou-se proeminente na vida social e económica da ilha. Hoje, ambos repousam com mais alguns membros da família, no pequeno cemitério próximo da igreja de Fátima, que mandaram erigir w que resiste ainda, em ruínas. Em ruína esteve também a sua casa, de desenho colonial, que foi recuperada há alguns anos e que conserva graças ao cuidado dos proprietários actuais, um encanto muito especial.
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