O tempo que passámos em Yazd foi curto - um dia e meio apenas - para se conseguir ter uma melhor impressão desta cidade que fica numa região desértica, mas que, à semelhança de todas as cidades do Irão que visitámos, tem jardins floridos. É surpreendente como os iranianos sabem como aproveitar a pouca água que existe e o seu gosto pelas flores e as árvores. Na parte antiga da cidade os edifícios tem a cor da areia que os faz confundir com a paisagem, destacando-se pelas suas grandes torres que servem para arejamento e ventilação e os tornam tão singulares. Na praça principal, para além dos canteiros de flores e dos jogos de água que refrescam o ar, predomina um enorme edifício que alberga uma mesquita com maravilhosos azulejos coloridos. É também em Yazd que vive a maior comunidade de seguidores do Zoroastrismo, religião antiquíssima monoteísta, anterior ao Cristianismo e à conversão dos persas ao Islão, que praticam as suas crenças em total liberdade. No seu templo principal arde o fogo sagrado que, rezam as crónicas, nunca se apagou e que é mantido por sacerdotes. É também aqui que ficam as torres do silêncio onde até há alguns anos eram deixados os mortos desta religião, cujos preceitos impedem que os corpos sejam sepultados, conspurcando desssa forma a terra.
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