A paragem em Bandar Abbas, cidade situada à beira do golfo pérsico foi, digamos, apenas técnica. Isto é, voámos de Teerão até lá porque é a cidade mais próxima da ilha de Ormuz, por onde o Afonso de Albuquerque andou. Chegámos já era noite. A temperatura era ainda elevada e, sobretudo, sentia-se no ar a humidade e o cheiro a maresia. De manhã cedo saímos do hotel já com as malas aviadas, rumo ao porto, onde nos esperava um catamaran para nos levar à ilha de Ormuz. Antes, porém, houve tempo para fazermos a única visita em Bandar Abbas: um mercado de peixe. Na rua dispunham-se algumas bancas onde o peixe acabado de descarregar dos barcos era colocado ou em coloridos alguidares ou em bancas. As variedades eram muitas: havia peixe de todos os tamanhos e feitios. Tentámos encontrar semelhanças com alguns dos que podemos "pescar" nos nossos mercados, mas sem grandes resultados. Mulheres vestidas com tecidos coloridos e berrantes e com máscaras tapando-lhes os olhos, como ainda não tínhamos visto, arranjavam o peixe e vendiam também legumes e frutas. Havia ainda um edifício, o mercado propriamente dito, onde havia mais bancas com peixe fresco, fresquinho, a saltar, ainda de sangue na guelra!
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