A primeira vez que aterrei em Maputo foi em 2007. A aqui dei conta das impressões que a cidade me tinha causado nessa visita. Por questões de trabalho, regressei à cidade neste mês de maio do ano da graça de 2016. As diferenças sentidas começaram logo ao chegar: o antigo e pequeno edifício do aeroporto, ainda do tempo colonial, desapareceu e no seu lugar ergue-se agora uma enorme e moderna construção, erguida, contam-me, por interesses made in China.
Na viagem até ao centro da cidade notam-se outras alterações. O asfalto está mais cuidado, existem novas rotundas, com destaque pata a rotunda-praça dos heróis, e a enorme vala com esgoto a céu aberto que começava logo ao sair do aeroporto está agora mais camuflada. O que não mudou, embora também esteja menos perceptível ao olhar do visitante, são os bairros periféricos tipo favela, onde habita grande parte da população e que continuam a com as mais degradantes condições sanitárias.
A "cidade de cimento" está igualmente diferente. Os edifícios do tempo colonial, na maioria de grande qualidade arquitectónica, quer as casas, quer os blocos de apartamentos, estão agora mais cuidados. A estes, juntam-se novas construções em altura que surgem um pouco por todo o lado, alguns ainda em fase de acabamento. Ao contrário das anteriores, que apresentavam soluções construtivas pensadas para uma cidade onde as temperaturas são quase sempre elevadas e elementos decorativos que as tornavam singulares, as novas são iguais às que povoam qualquer cidade do hemisfério norte, indiferenciadas. As ruas estão agora melhor pavimentadas e o trânsito aumentou de forma exponencial. Nos semáforos ainda há gente miúda e graúda a vender os mais variados produtos, mas muito menos do que em 2007. O lixo, que nessa altura se acumulava em todas as esquinas, deu lugar a contentores e achei a cidade bastante limpa. Aliás existem espalhados pelos passeios muitos caixotes de lixo e vi diversos camiões de recolha a fazer o seu trabalho.
Os que vivem em Maputo há muitos anos, ou desde sempre, avisaram que à noite é melhor ficar em casa ou então sair de carro porque as ruas não são seguras, e que nos últimos tempos a crise trouxe mais insegurança. Mas, durante o dia não é mais perigoso andar nas ruas do centro do que em qualquer outra cidade europeia. E as duas saídas nocturnas - ao Núcleo de arte, um sítio que é um misto de bar com música ao vivo, sala de exposições e ateliês de artistas - e ao Centro Cultural Franco-Moçambicano foram tranquilas.
Os restaurantes aumentaram e come-se em Maputo prego em bolo do caco e bacalhau à lagareiro, acompanhados por vinho do Alentejo ou do Douro e remata-se a refeição com uma bica, de café Delta.
É claro que as diferenças entre quem habita a cidade de cimento e os bairros à volta continuam a ser enormes, sendo que a qualidade de vida desses bairros não parece ter melhorado significativamente...
Mas Maputo continua a ser uma cidade com boa energia e gente gentil. e eu gostei muito de ter voltado.
Na viagem até ao centro da cidade notam-se outras alterações. O asfalto está mais cuidado, existem novas rotundas, com destaque pata a rotunda-praça dos heróis, e a enorme vala com esgoto a céu aberto que começava logo ao sair do aeroporto está agora mais camuflada. O que não mudou, embora também esteja menos perceptível ao olhar do visitante, são os bairros periféricos tipo favela, onde habita grande parte da população e que continuam a com as mais degradantes condições sanitárias.
A "cidade de cimento" está igualmente diferente. Os edifícios do tempo colonial, na maioria de grande qualidade arquitectónica, quer as casas, quer os blocos de apartamentos, estão agora mais cuidados. A estes, juntam-se novas construções em altura que surgem um pouco por todo o lado, alguns ainda em fase de acabamento. Ao contrário das anteriores, que apresentavam soluções construtivas pensadas para uma cidade onde as temperaturas são quase sempre elevadas e elementos decorativos que as tornavam singulares, as novas são iguais às que povoam qualquer cidade do hemisfério norte, indiferenciadas. As ruas estão agora melhor pavimentadas e o trânsito aumentou de forma exponencial. Nos semáforos ainda há gente miúda e graúda a vender os mais variados produtos, mas muito menos do que em 2007. O lixo, que nessa altura se acumulava em todas as esquinas, deu lugar a contentores e achei a cidade bastante limpa. Aliás existem espalhados pelos passeios muitos caixotes de lixo e vi diversos camiões de recolha a fazer o seu trabalho.
Os que vivem em Maputo há muitos anos, ou desde sempre, avisaram que à noite é melhor ficar em casa ou então sair de carro porque as ruas não são seguras, e que nos últimos tempos a crise trouxe mais insegurança. Mas, durante o dia não é mais perigoso andar nas ruas do centro do que em qualquer outra cidade europeia. E as duas saídas nocturnas - ao Núcleo de arte, um sítio que é um misto de bar com música ao vivo, sala de exposições e ateliês de artistas - e ao Centro Cultural Franco-Moçambicano foram tranquilas.
Os restaurantes aumentaram e come-se em Maputo prego em bolo do caco e bacalhau à lagareiro, acompanhados por vinho do Alentejo ou do Douro e remata-se a refeição com uma bica, de café Delta.
É claro que as diferenças entre quem habita a cidade de cimento e os bairros à volta continuam a ser enormes, sendo que a qualidade de vida desses bairros não parece ter melhorado significativamente...
Mas Maputo continua a ser uma cidade com boa energia e gente gentil. e eu gostei muito de ter voltado.
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