segunda-feira, 9 de maio de 2011

O santuário dos cavalos sorridentes

Esta alameda que eu baptizei "dos cavalos sorridentes" faz parte de um lugar verdadeiramente especial. O guia tinha informado que nos ia levar a um santuário em pleno campo, que valia a pena o desvio para o visitar. Tratava-se, disse-nos, de um santuário onde se veneravam divindades ligadas a cultos ancestrais dos elementos da natureza a que se juntaram deuses do panteão hindu. Alguns metros depois ter saído da estrada para entrar num caminho estreito de terra batida, a camioneta chegou a uma espécie de clareira por onde pastava um rebanho de cabras, cujo pastor ficou a olhar para nós, surpreendido com aquela súbita e inesperada visita. Atraídas pelo barulho, algumas crianças da aldeia apareceram a saudar-nos, fazendo connosco o caminho para o santuário. Percorremos uma alameda de árvores e de curiosas e magníficas estátuas de cavalos em cerâmica. Alguns ainda estão intactos, pintados em cores vivas, sorridentes a acolhedores. Outros são já só pedaços de corpos cor de barro. A meio do caminho, um elefante colorido indicava o início do chão sagrado que só pés nus podiam pisar. Mais à frente, à sombra de um enorme tamarindo, estava o santuário. A atmosfera era leve e tranquila. Um sacerdote velava pelo culto das imagens e dava a sua benção, colocando-nos na testa uma marca branca. Ouviam-se os pássaros e os risos das brincadeiras das crianças. E apeteceu-me ficar naquele sítio onde o século 21 parece ainda não ter chegado.

4 comentários:

  1. Gosto muito desta alameda, e com as tuas explicações, ainda gosto mais!

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  2. adoro esta visita guiada! obrigado.

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  3. então é isso,
    e que bela explicação que nos põe lá dentro.

    bêjos

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  4. desculpa mas tenho que repetir do teu talento para contar "viagens" (não é por acaso o mote do teu blogue)

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