quarta-feira, 16 de julho de 2008
Bosra, a cidade adormecida
A última paragem antes de deixar a Síria foi a cidade de Bosra, já perto da fronteira com a Jordânia. De todos os locais visitados, Bosra foi talvez o que mais me impressionou. Apesar de estar classificada como património mundial pela Unesco, não tinha conhecimento da sua existência. Bosra foi a cidade mais importante do reino Nabateu no século 2 a.C. Conquistada pelos romanos, passou a chamar-se Nova Trajana Bostra, tornando-se a capital da província Arabica Petrea. Floresceu graças à sua posição como ponto de passagem das caravanas. Mais tarde foi conquistada pelos persas e tornou-se árabe em 634. Chegou a ter 800.000 habitantes. Neste século 21, continua a ser habitada. Os actuais moradores aproveitaram as estruturas arquitectónicas das antigas construções para edificarem as suas casas ao longo das antigas vias. Sente-se que o quotidiano corre sem pressas, num tempo que ainda não foi abalado pela vertigem frenética que contamina as nossas vidas urbanas. Por entre os vestígios do passado glorioso vislumbram-se cabras, patos, galinhas, que por ali andam indiferentes a tanta história. Nos frescos pátios das casas existem teares onde ainda se tecem magníficos tapetes. O teatro é uma construção impressionante: está perfeitamente conservado, construído - como aliás a maioria da cidade - numa pedra quase negra, que o torna diferente doutros visitados e pode sentar cerca de 8.000 espectadores. Bosa é um sítio a visitar absolutamente e como acontece com outros sítios na Síria ainda não foi invadido por terrível praga actual: o turismo de massas.
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