quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sentido obrigatório

Os passeios de Ponta Delgada





Impressões de Ponta Delgada

Ponta Delgada é uma cidade pequena, com ruas estreitas e com uma arquitectura onde podemos encontrar traços comuns a outras cidades portuguesas. Espantou-me como os seus habitantes teimam em deslocar-se de carro para todo o lado, quando as distâncias são curtas e se fazem sem dificuldade a pé. Em contrapartida, conduzir em ruas tão estreitas, a maioria apenas permitindo um único sentido, faz com que a certas horas do dia o trânsito seja caótico e se formem filas. Este foi, talvez, o aspecto que menos me agradou na cidade. O que me encantou foi a diversidade das calçadas. Todos os passeios apresentam desenhos diferentes e, ao contrário do que se observa em Lisboa, por exemplo, em que o negro se utiliza para o desenho, em Ponta Delgada é no fundo negro que a branco se desenham os motivos. Foram muitas as fotografias dos passeios que fui fazendo. Aqui ficam apenas algumas.

terça-feira, 28 de julho de 2009

sábado, 25 de julho de 2009

Transparências


Ponta Delgada, Novembro 2008

quarta-feira, 22 de julho de 2009

In memorian de Antero



"(...) porque foi aqui num banco encostado à muralha, que, depois de olhar para todos os lados sem poder fugir, se libertou da vida".

Raul Brandão, A ilhas desconhecidas

Arquitecturas de Ponta Delgada (2)

Arquitecturas de Ponta Delgada (1)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O padeiro só toca uma vez


Ponta Delgada

Menina estás à janela


1º andar de loja chinesa em Ponta Delgada

domingo, 19 de julho de 2009

As ilhas desconhecidas

"Arvores tropicais, árvores de todos os climas e de todos os países, o ficus, o metrosidus, a camélia, e variedades de palmeiras vivem numa meia sombra lívida. As azáleas são enormes, e há sítios em que o parque é inextricável como uma floresta virgem. Liames entrelaçam-se nos fundos opacos e incógnitos. Cheira a humidade das selvas e o homem sente-se talvez mais afim dos sêres pacíficos e verdes da natureza, aceitando a vida e não discutindo a vida"

Raul Brandão, As ilhas desconhecidas

O jardim encantado (2)


quinta-feira, 16 de julho de 2009

O jardim encantado


As ilhas desconhecidas

"A ilha de S.Miguel é tôda mais ou menos montanhosa, com algumas grandes entumescências. As regiões oriental e ocidental são as mais altas... O intervalo de Ponta Delgada à Ribeira Grande, que forma o centro, é coberto por cones vulcânicos de pequena altitude. Da Povoação para nordeste tôda a terra é revolvida, vales profundos, ravinas admiráveis e situações imprevistas que lembram uma pequena Suiça perdida no mar. Mas em geral pode dizer-se que a parte mais baixa é a beira-oceano, distribuindo-se os montes de preferência por o centro"

"Esta terra abençoada produz tudo; dá nos sítios ricos o café, o amendoim, o ananás, dá o chá, e por toda a parte os frutos do continente. Corri a ver as culturas do chá e do ananás, que desconhecia, e fiquei surpreendido com aqueles pomares anainhos dispostos em renques pelas colinas fora..
."

Raul Brandão, As Ilhas desconhecidas: notas e paisagens ( 1924)